domingo, 26 de abril de 2009

A História das "coisas"

http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755&hl=en

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Modificações no papel do Estado

EXERCÍCIO: Recolha informação sobre a economia chinesa e sobre a influência da economia chinesa no mundo. Para o efeito trabalhe em grupo e consulte:
Os jornais e as revistas sobre temas económicos;
O site do Banco de Portugal;
Organize a informação, ordene-a por assuntos e por períodos de publicação;
Elabore sínteses sobre a informação organizada;
Divulgue-a aos outros grupos da turma.
Modificações no papel do Estado
O moderno crescimento económico, provocou a modificação do papel do estado. O Estado passou a intensificar a sua intervenção na economia criando um Estado social que protege o indivíduo nas mais variadas situações, desde o nascimento ao desemprego e à velhice. O Estado passou a intervir para combater crises como o desemprego ou a inflação. Estas mudanças contribuíram para o aumento d peso das despesas públicas no conjunto do produto do país.
O moderno crescimento económico proporcionou o aparecimento de dois modelos de organização económica: as economias de mercado e as economias de direcção central.
Nas economias de mercado existe a propriedade privada nos meios de produção e compete à iniciativa privada criar e expandir a capacidade de produção das empresas. Os produtores e os consumidores encontram-se no mercado e definem os preços e as quantidades a transaccionar dos diferentes bens. O Estado intervém na actividade económica como incentivador do crescimento económico que é a da competência da iniciativa privada.
Nas economias de direcção central não existe propriedade privada nos meios de produção, o Estado é o proprietário dos mesmos e compete-lhe criar e expandir a capacidade de produção das empresas. Os preços e as quantidades a produzir de cada bem são definidos pelo plano. As unidades de produção tornam-se executoras das decisões tomadas centralmente através do plano.
Os dois tipos de organizações da economia apresentam vantagens e inconvenientes, mas a História recente da Humanidade reduziu a aplicação do modelo de economias de direcção central. O desmembramento da URSS, a reorganização política e económica das sociedades da ex-Europa de Leste contribuíram para a perda de importância das economias de direcção central. Desta forma, assiste-se nos últimos anos à ascensão do mercado como forma de organização das sociedades e aquela que mais contribuiu para a melhoria das condições de vida das populações.
Pequenas e médias empresas
Nas economias de mercado as pequenas e médias empresas, PME, assumem um papel importante na dinamização do crescimento económico.
A crescente contribuição das PME está associada ao fenómeno da subcontratação e da adjudicação de partes do processo produtivo pelas empresas multinacionais ou pelas empresas transnacionais. Igualmente, as PME realizam serviços de limpeza, de fornecimento da alimentação nas cantinas e de tipografia para outras empresas. Na Suécia, dois terços das PME das indústrias metálica e da engenharia operam como subcontratadas de empresas de grande dimensão.
Alguns autores defendem que as PME hoje, perante um mundo onde dominam as novas tecnologias da informação e da comunicação e cada vez mais mundialização, estão mais aptas a responder às exigências do mercado porque dispõem:
De maior flexibilidade e maior capacidade de adaptação às diferentes exigências do mercado;
De maior capacidade de reestruturação dos seus processos e de organização;
De maior competitividade devido a uma organização mais flexível.
As PME representam um forte contributo para o crescimento dos países quer ao nível da capacidade de produção quer para o crescimento das exportações.
Nível de vida
O crescimento económico provoca a melhoria sustentada do nível de vida das populações. À medida que o país aumenta a capacidade de criar riqueza através do processo produtivo, assim vão melhorando as condições de vida das populações. Esta melhoria é avaliada através do grau de satisfação das necessidades da população. Para se poder medir o grau de satisfação das necessidades pode-se utilizar um conjunto de indicadores relativos a diferentes necessidades (alimentação, vestuário, educação, habitação, saúde, lazer, …) ou pode-se recorrer ao valor do consumo per capita.
Assim utiliza-se como medida do nível de vida o consumo per capita pelo facto de ser apenas um indicador que representa o consumo privado por habitante, em comparação com o uso de vários e com a dificuldade em decidir quais deles, no conjunto dos indicadores económicos, demográficos e socioculturais, são os melhores.
A utilização do indicador consumo per capita, para avaliar o nível de vida de um país coloca alguns problemas, nomeadamente: na comparação entre países em que os níveis de preços são diferentes, na comparação entre países com diferentes unidades monetárias e nas diferenças de hábitos e de costumes, sobretudo alimentares, entre países.
Utiliza-se o consumo per capita expresso em paridade de poder de compra como forma de ultrapassar as diferenças de preços e de valores das diferentes unidades monetárias. No entanto, em relação às diferenças de hábitos e de costumes entre sociedades, estas diferenças continuam a existir quando comparamos países onde os padrões culturais são distintos, daí a necessidade de se conhecer um pouco da realidade sociocultural de cada país quando se faz comparações sobre o nível de vida das populações.
A observação do quadro abaixo representado permite concluir que o PIB português registou no período considerado, taxas de crescimento superiores ao crescimento verificado no consumo por habitante. A única excepção a esta regra ocorreu entre 1991 e 1993. Neste período, o consumo cresceu à taxa média de 3,2 %, enquanto o PIB cresceu de forma mais moderada, apenas 1,2 %.
Fonte: Comissão Europeia, in Economia Europeia.
Taxas de crescimento do PIB e do Consumo privado para Portugal
Rubricas em percentagens 1986-90 1991-93 1994-99
Taxa de crescimento anual PIB per capita 5,5 1,2 3,1
Taxa de crescimento anual do consumo per capita 5,2 3,2 2,9

Estes dados, conjugados com os valores do seguinte quadro, (Fonte: Comissão Europeia, in Economia Europeia) permitem:
Taxa de crescimento anual do PIB e do consumo privado para EU (15)
Rubricas em % 1986/90 1991/93 1994/99
PIB per capita 3,3 0,7 2,4
Consumo per capita 3,7 1,3 2,2
Afirmar que Portugal, apesar de ter registado crescimentos anuais mais elevados do que a União Europeia, continua a apresentar um nível de vida inferior à média da União e inferior ao registado por outras economias menos desenvolvidas da União Europeia como o caso da Grécia, da Espanha e da Irlanda.
Nota: consultar o Relatório do Banco de Portugal para obter estes dados.
O consumo é também um indicador de desenvolvimento, na medida em que permite compreender as mudanças na estrutura dos gastos das famílias de um país. O aumento do rendimento por habitante leva à perda de peso dos bens alimentares no conjunto das despesas das famílias e ao aumento do peso dos gastos em lazer e distracção. Esta relação entre determinados gastos e o valor total das despesas das famílias é designada por Lei de Engel.
Em Portugal, tem-se assistido nos últimos tempos à redução do peso da alimentação no conjunto das despesas de consumo. No entanto, os valores obtidos pela alimentação ainda são superiores aos registados noutros países da União Europeia, traduzindo menor bem-estar na nossa sociedade comparativamente com as outras.
Nota: consultar o Relatório do Banco de Portugal para obter estes dados.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Alterações na utilização do produto

Pode-se ainda salientar, que o crescimento económico dos países contribui para a fusão das empresas, ao criar mercados consumidores mais amplos (maior poder de compra das populações). A fusão de empresas contribui, também, para reduzir custos de produção tirando partido de economias de escala, de economias gama e da experiência acumulada pelas diferentes empresas participantes no processo de fusão.
ALTERAÇÕES NA UTILIZAÇÃO DO PRODUTO
As alterações na utilização do produto decorrem do processo de crescimento económico. À medida que a sociedade atravessa a fase da industrialização, maiores quantidades de recursos produzidos (máquinas, equipamentos) são utilizadas pelo sector secundário. Quando a sociedade passa à fase da terciarização, o sector terciário aumenta o emprego de recursos humanos.
O crescimento económico moderno contribui para aumentar a produtividade média dos diferentes sectores, mas contribui também para aumentar os recursos utilizados pelos sector secundário e terciário comparativamente com o sector agrícola.
Nas modernas economias resultantes da intensificação do crescimento do produto, verifica-se o reforço da participação do sector terciário no PIB. Esta realidade é retratada através da afirmação que o sector terciário aumentou a sua participação produtiva devido à redução dos custos de comunicação e de processamento da informação, a par da valorização do conhecimento.
O moderno crescimento económico provocou também, o aumento do peso do consumo e do investimento público em relação ao consumo e investimento privado. Estes aumentos estão associados à modificação do papel do Estado na sociedade.
A partir da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial, assistimos ao reforço e ao alargamento das funções do Estado. O Estado, para além de garantir a satisfação das necessidades colectivas, como a saúde e a educação, ampliou o sistema de protecção social, procurou dinamizar a economia através de estímulos à iniciativa privada, como a isenção de impostos, a bonificação de linhas de crédito, etc., procurou prevenir e minimizar os efeitos das recessões, etc. Todas estas intervenções do Estado na actividade económica contribuíram para o aumento dos gastos em consumo e em investimento público.
Actualmente, a tendência poderá voltar a ser diferente, os défices orçamentais e a possibilidade de ruptura do Sistema de Segurança Social poderão obrigar o Estado a reduzir gastos, afectando, desta forma, o investimento e o consumo público.
Alterações na forma de repartir o produto
O moderno crescimento económico provocou alterações na forma de repartir o produto.
Na repartição funcional do rendimento, o crescimento económico provocou o aumento da parcela dos salários no rendimento dos países desenvolvidos. Este facto resulta da maior importância do factor trabalho (quer em quantidade quer em termos de qualificação dos trabalhadores) no processo produtivo, o que contribui para a repartição funcional do rendimento favorável ao trabalho.
Na repartição pessoal do rendimento, o moderno crescimento económico provocou o agravamento das desigualdades e contribui para o alastrar da pobreza.
As desigualdades acentuaram-se devido à concentração na posse do capital e às diferenças salariais registadas nas sociedades desenvolvidas. O Estado através das políticas redistributivas (política fiscal, de preços e social) tem procurado corrigir as desigualdades na repartição pessoal do rendimento. No entanto tem-se assistido nos últimos tempos ao agravamento da pobreza no Mundo.
Modo de organização económica das sociedades desenvolvidas
O moderno crescimento económico provocou alterações na organização da sociedade que se manifestam na dimensão da empresa, no aumento da concorrência e na modificação do papel do Estado.
Alterações na dimensão da empresa e aumento da concorrência
O crescimento do produto do país tem provocado o aparecimento de novas unidades de pequena e de média dimensões, contribuindo, sobretudo, para o crescimento da dimensão média das empresas. As alterações na dimensão das empresas resultam da aceleração do crescimento económico: grandes empresas procuram reduzir custos tirando partido das economias de escala e da possibilidade de actuarem em mercados, cada vez mais globais. Estes factores obrigam as empresas a aumentarem a sua dimensão.
Os fenómenos de integração económica, com a criação de espaços de livre comércio, sem obstáculos às trocas, possibilitaram o alargamento dos mercados abastecedores e consumidores e, desta forma, criaram mercados mais amplos. A maior concorrência nestes mercados, mais globais, tem contribuído para a necessidade da empresa reduzir custos, de forma a colocar no mercado bens e serviços a preços mais baixos. Na busca da minimização dos custos e como resposta ao alargamento do mercado, em resultado do crescimento económico (via maior capacidade de consumo), as empresas procuraram aumentar a sua capacidade de produção para conseguirem tirar partido:
Dos múltiplos descontos concedidos por fornecedores;
Dos custos fixos associados à utilização dos equipamentos;
Das maiores e melhores condições no acesso ao crédito.
As empresas participantes num processo de concentração beneficiam da obtenção de facilidades de financiamento e dispõem de maior poder sobre o mercado, via preço de comercialização, uma vez que se aproximam mais da situação de monopólio, aumentando a possibilidade de obter maiores lucros.
O aumento da concorrência como resultado do moderno crescimento económico está associado:
À abertura dos mercados nacionais no âmbito dos acordos alcançados pela Organização Mundial de Comércio;
À intensificação dos fenómenos de integração económica – a liberdade de circulação provoca a reafectação dos recursos e intensifica a concorrência;
Ao aparecimento das economias emergentes – a produção a baixo custo realizada por estes mercados, em resultado dos baixos salários pagos ao factor trabalho, torna inviável, nos termos actuais, a sobrevivência de certas indústrias no modo desenvolvido;
À deslocalização das produções – para estas economias emergentes e para os ex-países de Leste, regiões onde o factor trabalho é mais barato e a legislação do trabalho é mais permissível.
Um dos exemplos actuais do incremento da concorrência quer no mercado interno quer no mercado externo é a China.
A economia chinesa tornou-se no maior produtor mundial de têxteis, com elevada capacidade de competir nos mercados mundiais, o que tem provocado o desaparecimento de muitas empresas têxteis na Europa e a deslocalização de outras, para o continente asiático ou para a Europa de Leste. A sobrevivência desta indústria na Europa dependerá da sua capacidade de inovação, traduzida na melhoria da qualidade e na diversificação dos bens apresentados.

domingo, 19 de abril de 2009

Exercício da aula de 20 de Abril

Características do crescimento económico moderno

Inovação tecnológica, aumento da produção e da produtividade e diversificação de produção
A aceleração do crescimento económico está associada ao processo de inovação tecnológica. A Revolução Industrial veio confirmar esta relação e as inovações tecnológicas (máquina a vapor e caminho-de-ferro) resultantes desta revolução permitiram aumentar o ritmo de produção (no mesmo espaço de tempo produzem-se mais bens e serviços) proporcionando ganhos de produtividade por trabalhador (cada trabalhador passou a produzir em média mais unidades do bem no mesmo período de tempo). As inovações, ao permitirem aumentarem a produtividade do trabalho, contribuem para produzir bens a menores custos, permitindo o embaratecimento dos produtos, o que estimula e generaliza o consumo a toda a população.
Alteração da estrutura da actividade económica
O moderno crescimento económico, ao caracterizar-se pela aceleração do crescimento do produto, tem contribuído para modificações na estrutura da economia, isto é, na forma como os sectores da actividade económica participam na economia.
As modificações na estrutura da economia resultam das alterações ocorridas na composição sectorial da actividade económica e no modo de utilizar e de repartir o produto.
Alterações na composição dos sectores da actividade económica
As alterações ocorridas na composição sectorial da actividade económica surgem porque o moderno crescimento económico provocou mudanças no contributo dos sectores da actividade económica para o produto do país e na utilização do factor trabalho.
As sociedades desenvolvidas passaram da fase em que o sector primário era o maior contribuinte para a fase em que se tornou o menor contribuinte para o produto e menor empregador do factor trabalho. O processo de crescimento económico provocou o desaparecimento da economia agrícola e substituiu-a pela economia industrial e, posteriormente, pela economia dos serviços. Estas transformações resultam do:
 Incremento da inovação e da sua aplicação, inicialmente aos sectores secundário e primário e só posteriormente ao sector terciário. O aparecimento de novas tecnologias, de novas matérias-primas, etc. e a sua aplicação predominantemente aos sectores industrial e dos serviços contribui para a maior produtividade, nestes sectores, e para o elevado peso dos mesmos na actividade económica;
Aumento do rendimento médio do indivíduo, que deu à sociedade maior poder de compra, permitindo-lhe satisfazer não só necessidades primárias, como a fome, mas também terciárias, como o lazer.
As transformações estruturais que tendem a acompanhar o processo de crescimento económico são descritas pelos economistas da seguinte forma: à medida que a economia cresce, diminui a parte de emprego dedicada à agricultura e aumenta a parte de emprego dedicada à área dos serviços.
O processo de crescimento económico provocou a terciarização da economia em resultado do aparecimento de serviços auxiliares da indústria: transportes, bancos, seguros. Este fenómeno está associado à crise dos anos 70, do século passado, e à parcialização das funções por parte das empresas industriais. Estas empresas passaram a concentrar-se na actividade principal, a produção, e contrataram outras empresas especializadas nos serviços. As empresas de serviços de limpeza, de restauração, de manutenção dos equipamentos, de auditoria jurídica, etc., prestam serviços às empresas industriais. As empresas industriais consideram estas soluções menos onerosas, pois não necessitam d ter trabalhadores afectos permanentemente à realização destas tarefas, com os inerentes encargos para a segurança social.
Por sua vez, as empresas do sector dos serviços contratam trabalhadores temporários e jogam com a entrada de imigrantes. Assim têm à sua disposição muitos trabalhadores a custos moderados. As empresas de serviços não surgiram só como auxiliadoras do sector industrial, por vezes competem com ele de forma violenta. Na distribuição, a luta entre as grandes superfícies e as indústrias é patente. A excessiva dependência das indústrias de centrais de compra ou de rede de distribuidores pode obrigar as indústrias a contenções muito grandes nos custos de produção.
Uma das formas utilizada pelas empresas para crescerem e ganharem dimensão é através do processo de fusão, isto é, a constituição de uma só empresa/sociedade a partir de duas ou mais sociedades.
A fusão de empresas pode realizar-se mediante a transferência do património de uma para a outra empresa, acompanhada da atribuição aos sócios de parte das acções ou quotas da nova sociedade, Outra forma de fusão pode realizar-se através da constituição de uma nova empresa que reúne o património das anteriores, sendo aos sócios atribuída parte das acções ou das quotas da nova sociedade.
O processo de fusão de empresas contribui para a concentração do capital e seu controlo (menos famílias detêm mais capital na sociedade) e para a redução da concorrência no mercado (menos empresas actuando no mercado podem manipular mais facilmente o preço de venda do bem).
EXERCÍCIO: Explicite, a partir do texto, a evolução dos sectores da actividade económica em Portugal.

domingo, 12 de abril de 2009

Progresso técnico

Progresso técnico
Uma forma das sociedades ultrapassarem a reduzida capacidade de crescimento económico, quando investem só num dos factores capital e trabalho, é apostarem no progresso técnico. São as inúmeras inovações ao longo da História do Homem, como a roda, a máquina a vapor, a electricidade, o avião, o computador, a Internet, as sementes geneticamente modificadas, etc., que proporcionaram o crescimento contínuo do nível de vida das sociedades, operado através do aumento da qualidade e da quantidade dos bens e dos serviços prestados à sociedade.
Alguns economistas sustentam sobre a temática do crescimento económico que, só o progresso tecnológico é capaz de provocar o crescimento económico contínuo/sustentado.
O progresso tecnológico representa a capacidade de inovação das sociedades e ocorre através das alterações no processo de produção e/ou através da introdução de novos bens e de novos serviços na sociedade. Em ambos os casos, o progresso tecnológico contribui para melhorar as condições de vida das populações e é desencadeado através da criação de condições propícias ao aparecimento das mudanças necessárias no espírito empresarial. As novas ideias só por si não bastam, é necessário que os empresários estejam dispostos a correr o risco de as pôr em prática, para que elas se tornem rentáveis.
Por que razão o progresso técnico é mais significativo em algumas sociedades? Quais as condições apresentadas por essas sociedades? Que condições são favoráveis ao progresso técnico?
Considera-se que o investimento na educação e o apoio que o Estado dá aos processos de investigação e de desenvolvimento (I&D) são factores indispensáveis para o progresso técnico. Assim, o Estado deverá criar ou contribuir para a criação de condições favoráveis ao progresso técnico por via:
Da melhoria da qualificação dos indivíduos a partir da escola e/ou do local de trabalho. Uma população com mais conhecimentos é capaz de criar/descobrir novos produtos e incrementar novos processos de produção e, em simultâneo, aplicar estas descobertas a outras áreas do conhecimento, de forma mais eficaz, contribuindo para melhorar as condições de vida das populações;
Dos processos de investigação, criando institutos de investigação para a obtenção de conhecimentos científicos básicos, como o chip, que depois poderá ser aplicado a várias indústrias;
De incentivos aos investigadores, como a criação de bolsas de investigação ou a protecção das descobertas através da criação de patentes.
Características do crescimento económico moderno
O fenómeno do crescimento económico moderno teve início na Revolução Industrial, ocorrida, entre 1780 e 1850, em Inglaterra. A partir de 1870, o Mundo assistiu ao acentuar do crescimento económico e à melhoria da generalidade das condições de vida da população. A Europa e, posteriormente, o Resto do Mundo entrou na era do moderno crescimento económico, que apresenta como características:
A inovação tecnológica;
O aumento da produção e da produtividade;
A diversificação da produção;
A alteração da estrutura da actividade económica;
A modificação do modo de organização económica;
A melhoria do nível de vida.
Destas características destacam-se com maior amplitude as três últimas. As três primeiras características estão interligadas, pelo que devem ser estudadas sempre em conjunto.